Para quem não teve a oportunidade de assistir o documentário "Nas Páginas de Beto Stodieck" na íntegra, agora poderá acompanhá-lo aqui no blog. Dividimos o vídeo em três partes, pois queremos passar a importância e o legado que Beto deixou para o colunismo de Florianópolis, bem como para o jornalismo catarinense. Desta maneira, internautas e seguidores do blog, aproveitem o vídeo!
quinta-feira, 17 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Fonte principal: Paulo Stodieck
No decorrer das gravações, o objetivo principal ainda era conseguir contato com alguém da família de Beto para dar maior peso e corroborar as informações dadas pelos outros entrevistados. Primeiramente, foi contatado o irmão mais novo, Ernesto Stodieck. Por telefone ele explicou que não daria entrevista gravada com câmera, mas poderia ajudar de outras maneiras, como por exemplo, com fotos, bem como fazer a ponte entre os alunos e outros familiares. Ernesto indicou o irmão Paulo para colaborar com os dados da vida pessoal e da carreira de Beto, já que foi o ente que mais teve contato direto com o colunista.
Foram muitas tentativas de conseguir conversar com Paulo, mas conseguimos agendar a entrevista, quando a orientadora Regina Zandomênico telefonou para ele, explicou a importância do trabalho e ofereceu um documento oficial da Faculdade. Após este contato, Paulo prontamente cedeu ao pedido de conceder uma entrevista. Além de gravar, ele forneceu imagens de arquivo pessoal que tinha de Beto para auxiliar nas imagens de apoio junto à edição.
Encontro com a família no Rio de Janeiro |
Na intimidade com Iára Pedrosa
Na segunda-feira, dia 13 de setembro, a funcionária pública aposentada Iára Pedrosa, filha do Desembargador Severino Pedrosa, relatou sua infância e adolescência na companhia do amigo Beto, que morava a poucos metros de sua casa, primeiramente no Largo São Sebastião e depois na rua Esteves Júnior. Iára recordou as brincadeiras e estripulias que faziam juntos quando seus pais se visitavam, além de gostarem muito de ler um para o outro, em voz alta, histórias como as de Monteiro Lobato. Na juventude lembrou de uma peça de teatro, O Alto da Compadecida, que não chegaram a apresentar porque não paravam de rir enquanto ensaiavam.
Durante a conversa, Iára falou também dos gostos que Beto tinha:
"Beto gostava de tudo que era bom, boa comida, boas bebidas, boas roupas, além da facilidade que tinha em aglutinar pessoas maravilhosas ao seu redor que o seguiam como discípulos".
A aposentada falou um pouco de Beto como profissional de comunicação e afirmou não acreditar que o colunista tenha falecido, e que ainda poderá encontrá-lo a qualquer momento pelas ruas da cidade.
Fonte: Jornal O Estado
Fonte: Jornal O Estado
Nos bastidores da informação
Na sequência, Laudelino Sardá, professor de jornalismo da Unisul, que na década de 1980 foi redator chefe do extinto jornal O Estado, contribuiu na contextualização histórica da época, e de como o cronista social Beto Stodieck retratava a economia, a política, a moda, a arte e, sobretudo, os aspectos do cotidiano ilhéu. O agendamento estava marcado para o dia 10 de setembro, no campus de jornalismo da Unisul, em Palhoça, às 15 horas. No local, os acadêmicos não encontraram o professor como combinado, que estava em uma reunião de coordenadores da universidade, na Unidade Padre Roma, em Florianópolis. A secretária encarregou-se de fazer o contato e a acadêmica Camila combinou com Sardá de ir até a Faculdade Estácio de Sá, em Barreiros, São José para prestar o depoimento.
Momento em que a ironia era traçada nas máquinas de escrever |
O professor Sardá afirmou que a ironia muitas vezes vista no jornal impresso, também aparece na internet, principalmente em redes sociais como twitter, facebook, orkut, e que naturalmente hoje, se Beto estivesse vivo, com certeza utilizaria desses recursos, para soltar as suas notas criticamente.
Fonte: Foto cedida por Laudelino Sardá
A irreverência de Beto e Witti
Beto fazendo o que mais gostava: viajar e registrar os momentos |
Nem mesmo começaram as gravações e a amiga do colunista, Witti Witthinrich, já tinha sido contatada cerca de um mês antes da data agendada para a entrevista, que seria dia 2 de setembro, alguns dias antes do feriado nacional da Independência do Brasil. Na tarde desse dia, Witti estava trabalhando no escritório da empresa de sua família, na Vidraçaria Santa Efigênia, no bairro Estreito no continente. A empresária, com toda a sua irreverência, conseguiu relembrar alguns causos hilários que vivenciou nas idas e vindas de viagens que ela e Beto fizeram.
Witty em companhia de Beto em Nova York |
Witti enfatizou o lado crítico que Beto tinha ao cobrar providências dos políticos para o cuidado e zelo por Florianópolis nas notas que publicava em sua coluna. Além disso, lembrou com muito carinho das tardes que passavam juntos quando Beto morou na Lagoa da Conceição, bem como mostrou algumas fotos de seu arquivo pessoal, registradas pelo amigo.
Conversando com Zury
Com quinze minutos de atraso, devido ao caos do trânsito no Centro da cidade, em uma sexta-feira, os estudantes conseguiram chegar ao elegante apartamento de Zury Machado, ex colunista social do jornal O Estado. Tradicionalmente já era de se esperar o fino trato que Zury teve em atendê-los contando um pouco da sua trajetória de colunista e colega de jornal de Beto Stodieck, nas décadas de 70 a 90.
Zury, com toda a sua modéstia, falava que escrevia de forma simples, mas que Beto sabia falar de coisas que mexiam com as pessoas de maneira muito inteligente registrando assim a sagacidade do então jovem colunista.
Fonte: Jornal O Estado
Festa das fofas agitada por Beto Stodieck
Dois dias depois, dia 13 de agosto, Camila e Fernando ouviram a jornalista Fernanda Lago em meio a uma bela paisagem, no morro da igrejinha da Lagoa da Conceição, com vista para a Avenida das Rendeiras. Ao som de pássaros, Fernanda contou a experiência profissional que teve como secretária de Beto, além de opinar em algumas notas publicadas na coluna dele.
Fernanda enfocou a importância do jornalista, não só como colunista, mas também de agitador cultural e grande produtor de festas em Floripa. Uma delas era a festa das fofas que Beto promovia no LIC - Lagoa Iate Clube, frequentada pela nata da sociedade em que jovens adolescentes de 14 a 18 anos desfilavam de biquíni, mostrando a beleza da juventude da ilha, e da famosa festa à fantasia no Hotel Maria do Mar, no Bairro João Paulo, insipirada no filme "E la Nave Va" do cineasta italiano Federico Fellini causando frisson entre os convidados da festa.
Fernanda enfocou a importância do jornalista, não só como colunista, mas também de agitador cultural e grande produtor de festas em Floripa. Uma delas era a festa das fofas que Beto promovia no LIC - Lagoa Iate Clube, frequentada pela nata da sociedade em que jovens adolescentes de 14 a 18 anos desfilavam de biquíni, mostrando a beleza da juventude da ilha, e da famosa festa à fantasia no Hotel Maria do Mar, no Bairro João Paulo, insipirada no filme "E la Nave Va" do cineasta italiano Federico Fellini causando frisson entre os convidados da festa.
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